sábado, 30 de outubro de 2010

PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO

A única coisa que interfere com  meu aprendizado é a minha  educação.
                                                                                                                                     Albert Eisnten

Psicanálise


   EU
RESPOSTA  
DESENCONTRO  /   EDUCAÇÃO

No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
 
 Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
 
  Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
                                                                            
                                               Carlos Drummond de Andrade








Psicanálise e Educação
Nesse espaço buscamos trabalhar o processo interativo vivenciado por nós profissionais da Educação, que nos deparamos com os entraves diários num espaço social em que a busca torna-se constante por uma ajuda psicanalítica. O que se reporta até mesmo, a um olhar mais apreciativo e assim junto buscarmos entender o que de fato acontece pra se gerar tanto sintoma a esse sujeito cercado por um social cheio de ofertas, saberes diversos, porém incompreensível ao olhar do público aprendente e espaço cultural. Vive-se uma época de supostos saberes, assim dizendo, mundo do faz de conta; brincar de ensinar, fingir aprender, ignorar o processo de forma a acreditar que a culpa está no sujeito, e assim sucessivamente.
 A reflexão sobre A Trama, o Drama e o Dramalhão de Fátima Moura Pereira, vem mostrar a clareza do processo de busca, que se vive para escutar ambos os lados, e por certo nortear esse caminho sinuoso. Escutar a Educação é uma tortura para quem entende de educar, pois é assim os paradigmas da Educação confunde aos processos atuais, novinhos saindo do forno do mundo globalizado e cheio de subterfúgio, em alguns momentos dá medo encarar algumas salas cheias de quadros virtuais que só falta falar por nós, temos que entender das linguagens dos cursos modernos a distância, pois é estamos caminhando para não fazermos mais parte da sala de aula, e sim de uma cabine de comando, e vamos continuar buscando entender e escutar a Educação... A psicanálise abre às portas para um olhar mais apreciativo, porém, coloca a autora que esse casamento é meio instável e se faz necessário esse movimento, os mundos processuais a que pertence, leva a crer que é como se fosse o gato e o rato, em alternância. Há momentos em que encontramos uma psicanálise no seu espaço social imponente, dona da sua verdade de seus saberes, no outro, a educação com suas verdades intransponíveis. Como foi importante esse trabalho para nos clarear o sentido da Psicanálise no espaço educacional, a importância de Freud no mundo dos saberes a partir do olhar ouvinte, do pensar e a escutatoria, do clinicar fora do consultório se reportando ao sujeito em seus mundos sociais...
                Aqui estamos professora, Mestra reconhecida por nós, merecidamente por abrir ás portas desse saber tão significante, daqui pra frente, para nossos saberes vindouro. Aqui vamos nós tentando decifrar esse mistério que é o mundo dos saberes...
Iara Maria Silva
Ester Paulina
Taís Fróes


Sarau Literário - 16 de outubro de 2010































A Psicanálise lê a infância - Daniela Bittencourt

 Reflexão sobre o texto de Daniela Bittencourt
A sociedade atual tem investido mais na educação infantil e na formação dos profissionais que atuam com crianças de 0 a 6 anos (primeira infância).
A atuação dos profissionais de educação infantil envolve cuidados, brincadeiras e aprendizagens intencionais de forma integrada.
Com a contemporaneidade e a globalização está ocorrendo o encurtamento da infância e o prolongamento da adolescência. Desta forma é primordial que a escola valorize o brincar rompendo velhos paradigmas e construindo novos que atendam as necessidades do sujeito contemporâneo.
Ornellas “ cabe a escola a tarefa de escutar as crianças e jovens no sentido de reconhecer a singularidade de cada um, buscando entre autoridade e o afeto um jeito novo de educar.”
A psicanálise chama de “sintoma social” “o artifício que o sujeito constrói para lidar com aquilo que ele não pode resolver, o sintoma que se evidencia é uma tentativa de simbolizar o real que emerge com tal “; a infância hoje tornou um “sintoma social” devido as suas transformações no mundo atual (a infância começou a desaparecer na modernidade ou as crianças se tornaram pequenos adultos).
“Há lugar para a infância? Há lugar para a estruturação do sujeito do desejo?”
A escola tem seu papel importante nesse processo, a relação pedagógica não está unicamente orientada pela transmissão de conteúdos, mas pela qualidade da relação afetiva entre professor e aluno, processo que envolve racionalidade e afetividade, pois são sujeitos cognitivos, afetivos e sociais.
Através da brincadeira que a criança pode descobrir-se capaz de sentir, desejar e pensar, por isso a importância da escuta sensível do professor na arte do brincar.
O brincar proporciona a criança a compreensão de seus afetos em contato consigo mesmo e com os outros, a criação do mundo próprio (Freud), é o momento de dominar as angústias, controlar as idéias e/ou impulsos. Para o professor cabe a responsabilidade de planejar espaços e tempos para este tipo de brincadeira, se permitindo uma escuta sensível.
O brinquedo seria um objeto transicional no qual a criança deposita seus afetos para superar algumas situações, ao brincar a criança assume o controle  da situação e ressignifica sentimentos na tentativa de (re) elaborá-lo  de acordo com suas possibilidades afetivas e cognitivas. Lacan conceituou esta situação de “amódio...afetos tecidos de forma ambivalente e ambígua no prazer e desprazer.”
“ Conquanto seja fácil perceber que as crianças brincam por prazer, é muito mais difícil para as pessoas verem que as crianças brincam para dominar angústias, controlar idéias ou impulsos que conduzem a angustia se não forem dominados.” Winnicott (1982).
Desta forma, a ideia equivocada que perpassa na sociedade e na própria escola, de que a brincadeira é sinônimo de não seriedade deverá ser desconstruída. Pois a idéia de brincar deve ser empreendida e legitimada como viés concreto, meio único e singular de aprendizagem, de desenvolvimento da criatividade e da autonomia, pela qual a criança estrutura-se e inscreve-se.

Sarau Litarário:
Apresentação: Clipe Balão Mágico – Música  Superfantástico -

Brincadeira: Cacique


Equipe: Ana Paula Barros, Carla Pessoa, Daiane Silva

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA - SEÇÃO BAHIA

postado por gabriel
INSCRIÇÕES


1 - Valor da Anuidade para novos associados, poderá ser efetuada em uma das seguintes formas:

a) Parcela única, no ato da inscrição, de R$148,00 mais a taxa de inscrição R$10,00;

ou

b) 2 parcelas sendo a 1ª no valor de R$ 90,00 sendo R$ 10,00 referente à taxa de inscrição. E a 2ª. parcela restante, no valor de R$ 80,00.

2 - Procedimento para associar-se à ABPp Seção Bahia O interessado, seja psicopedagogo com especialização completa ou não, deve enviar via fax (71- 3341-2708) ou e-mail (abppsecao.ba@uol.com.br) o formulário abaixo preenchido, juntamente com o comprovante de depósito bancário em nome da:

Associação Brasileira de Psicopedagogia Seção Bahia
Banco Bradesco SA
Ag. 3121-6
C.Corrente: 9955-4

3 - IMPORTANTE

• Somente o associado rigorosamente em dia com suas contribuições;

Como associado, passa a usufruir dos seguinte:
- Revista da ABPp nacional no site on-line.
- Recebimento de Boletins Informativos.
- Descontos para participação em eventos promovidos pela ABPp – Seção Bahia.
- Descontos na Livraria LDM.


Informações e inscrições na ABPp-BA:
Av. Tancredo Neves 3343, Edf. CEMPRE, sala 1103 – Torre B
Caminho da Árvores - CEP – 41 820 021
Telefone: (71) 3341-0121
E-mail: abppsecao.ba@uol.com.br

QUEM EDUCA MARCA O CORPO DO OUTRO - FATIMA FREIRE DOWBOR

Do ato de se preparar para receber o outro

 

 Reflexão sobre o texto de Fátima Freire Dowbor
Quando nos reportamos ao corpo físico, automaticamente esquecemos que este também contempla uma mente, então deixamos quase sempre de lado a parte afetiva deste corpo que também pensa. Os danos muitas vezes das ações imprimidas neste corpo quando se trata das emoções, são irreversíveis! Neste sentido, o texto Quem educa marca o corpo do outro, deixa bem claro as marcas das impressões vividas e sentidas pelo sujeito.
O corpo da mulher se transformando... É o momento do reconhecimento e desconhecimento do corpo já conhecido. Dentro dele, está um intruso ou alguém que já faz parte da vida deste corpo? Então é o momento em que revivesse a forma como este corpo que é o abrigo do outro, que espera outro corpo, foi marcado. Com alegria, com ódio, com amor, com desejo, com raiva? De que forma este novo corpo será recebido?
É necessário aprender a esperar e a preparar o encontro com o outro! Este corpo que chega pode tomar lugares que já foram estabelecidos... Tomar lugar de outro! Desta forma, se faz necessário que o ponto de partida para preparar a espera deste novo corpo, seja a raiva do outro corpo/mente, que supostamente já possuía o lugar absoluto. É preciso reconhecer todos os sentimentos que entornam este processo.
Quando as experiências vividas por este corpo foram ruins é possível recriá-las a partir de novas vivências significativas e saudáveis, refletindo sempre a respeito sobre a forma, o jeito que o corpo foi introduzido e recebido mundo. De que forma o mundo o marcou.
Este titulo nos traz a questão de quem somos nos em sala de aula, a invasão que fazemos na mente de quem nos ouvi ( nossos alunos ), como poderemos preparar nossos alunos para receber a nossa presença, que muitas vezes indesejada, trazendo coisas sem sentido para eles naquele momento, fazendo eles mudarem suas opiniões sobre determinado assunto, invadindo a sua maneira de ver o mundo, estamos neste momento deixando marcas nestes corpos, muitas vezes de alegria, afeto, respeito, dedicação, compreensão e muitas vezes também de ódio, medo terror, insatisfação, raiva, nojo e etc.  

 
Equipe:
  •  Ø     Adilene Baqueiro Miranda Rodrigues
  •  Ø     José Gabriel Bonfim
  •  Ø     Maeli.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MATERIAL POSTADO

Olá colegas,  o material postado está muito bom! Parabéns! já encaminhei as notas e comentários para o e-mail da turma.
Os colegas que ainda não postaram  devem lembrar que o nosso O PRAZO SE ESGOTA MEIA-NOITE. Abraço. Ósia

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O QUE A ESCOLA ESTÁ DIZENDO PELA VIA DO FRACASSO ESCOLAR?

Por Cláudia de Sá Oliveira, Gilvania Sousa e Maria Madalena L. da Silva

 O que a escola está dizendo pela via do fracasso escolar? é um artigo escrito pela psicanalista e psicopedagoga Leila da França Soares e aborda a possibilidade de uma articulação entre Educação e Psicanálise. Enfatiza o papel que a escola exerce no processo de construção do conhecimento, porém alerta para a necessidade desta repensar suas práticas, pois há um elemento que interfere nesse processo, o sintoma de que algo esta fora do eixo, originando o fracasso escolar. Enfim, sugere a escuta pedagógica para o desenvolvimento êxitoso dos indivíduos envolvidos na ação educativa. É importante ver o outro como ser subjetivo e não como mero depósito de informações.

O QUE A ESCOLA ESTÁ DIZENDO PELA VIA DO FRACASSO ESCOLAR

Postado por: Rosana Carvalho Rios


O texto de Leila da Franca Soares nos faz refletir muito sobre a importância e o papel da escola diante de um quadro de fracasso escolar.
Na maioria das vezes, por inflexibilidade ou por descaso diante dos sintomas, os alunos que não conseguem alcançar os objetivos esperados pela instituição e pelo professor acaba sendo rotulado e muitas vezes assumem consciente ou inconscientemente o papel daquele que não consegue aprender e que é incapaz de se adequar as expectativas, diferenciando-se dos demais.
Não produzir respostas similares aos demais, possuir um rendimento mais baixo do que o esperado, não atingir algumas habilidades na maioria das vezes reflete no comportamento e na auto-estima dos alunos, que assumem um papel que não deveria, o de fracassado.
O que professores, pais, instituições escolares e a sociedade quer que aquele ser aprendente, subjetivo, torne-se iguais aos demais e possa adequar-se a uma instituição que o castra, frustra e não o ver como ser único que é além e muito maior do que essa inflexibilidade quadrada dos currículos escolares e da mente quadrada de muitos envolvidos em seu processo de aprender.
O fracasso nada mais é do que um sintoma de um sistema, desesperado,  despreparado e descompromissado com o aprender, com o trabalhar com seres diferentes, com vidas diferentes, histórias, saberes, experiências e desejos diferentes.
Nesse meio de dores e delícias que deveria ser a escola, muitas vezes o aluno só conhece as dores, e acaba por não poder esbaldar-se em aprender com o outro, com as trocas de experiências, com o novo e o diferente, e porque não com o igual.
O sujeito do desejo, eternamente em falta como nos diz a psicanálise precisa sim, atingir metas, notas e números que não dizem quem de fato aquele sujeito é, poderá ser e será.
O que não devemos deixar de lembrar é que esse ser aprendente, os professores e todos que fazem parte da instituição escolar, assim como os que vão além dela, como a família, dentre outros, são seres únicos, que precisam ser vistos além do que podemos de fato ver, precisamos aprender a ir além do outro, ir além desse iceberg de gente que cada um é, todos temos apenas uma pequena parte a amostra, cercados por um mar de vontades, desejos e abaixo disso tudo somos muito mais do que se pode ver.











"E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço."
(Clarice Lispector)






"Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”
(Clarice Lispector)






"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência, e sim de sentir..."
(Clarice Lispector)





terça-feira, 26 de outubro de 2010

A sociedade dos mestres inesquecíveis: Freud e a transferência na relação professor-aluno

Por: Daniela Ranedes; Daniele Andrade; Délia Muricy e Marta Pereira

A sociedade dos mestres inesquecíveis: Freud e a transferência na relação professor-aluno é um artigo que foi muito bem escrito por Ósia Vasconcelos dos S. Matos, nossa querida professora, que é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Psicopedagogia.



Ósia Matos escreve seu texto inspirada no filme: Sociedade dos poetas mortos que narra a história de um professor indo de encontro a uma sociedade ortodoxa, uma vez que mostrou para seus educandos de forma divertida e lógica uma nova ótica inserida por ele baseada numa nova relação entre professor-aluno. 


Matos escreve seu artigo tomando como base esse filme para mostrar a relação de transferência que ocorre entre o aluno e o professor, deixando bem claro que para o educador desempenhar bem seu papel, tem que buscar a harmonia em sua sala, ou seja, envolvendo o educando com os conteúdos apresentados. Segundo Freud, educar significa encontrar um ponto de equilíbrio entre a proibição e a permissão [...], ele nos mostra que um mestre só pode ser ouvido quando está investido de uma importância especial, o que é descrito por ele como a demanda de amor que a criança dirige aos seus país ou educadores. 


Educar é doação, paixão, amor! Uma troca de conhecimentos estabelecida entre professor-aluno, este passa a ter nas mãos o papel de ser uma referência para seus educandos, permitindo que os mesmos desenvolvam seu senso crítico.  


Poesia: SER MESTRE

Ser mestre é despertar no outro
O desejo quente e gostoso de ser gente
Ser gente em meio a esse mundo tão descrente...
Descrente de amor, descrente de atenção
Descrente de gente que lhe promova ascensão. 

Ser mestre é conduzir, é seduzir,
não inibir, proibir ou reprimir.
Ser mestre é ser cumplicidade é amizade,
é ser prudente mas nunca indiferente...
é agir com a razão, mas também com o coração. 

Ser mestre é saber despertar paixão e deixar apaixonar-se...
É se deixar tocar e deixar boas marcas... 
Paixão de ensinar, paixão de aprender,
paixão de edificar, paixão de acolher.
É ser envolvente e se fazer presente na gente
É ser luz eternamente...
Mesmo sem mais estar presente...
  Délia Muricy

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Erastes e Eromênos na relação professor-aluno.

Equipe: Antonieta;Sílvio e Maria José - Tema: Erastes e Eromênos na relação professor-aluno. Autora: Luciana Rios da Silva
                                                             Poema: O Estudante Empírico  -Cecilia Meireles


O texto faz referencia ao conceito de cunho psicanálitico (tranferência) que abordado no campo da educação diz respeito a relação aluno -professor, os conflitos que ocorrem no dia a dia em sala de aula devido as reações inconscientes dos envolvidos no processo ensino aprendizagem, causando muitas vezes baixa de aprendizagem;evasão escolar e a repetência.Segundo a autora esses problemas poderiam ser amenizados através da postura reflexiva do professor(peça chave no processo) o qual deveria buscar o auto-conhecimento bem como analisar e escutar o educando para também conhece-lo melhor.Dessa forma procurar melhorar a sua prática ,facilitando o acesso do aluno a uma aprendizagem significativa,dando-lhe oportunidade para que  obtenha desenvolvimento pessoal  e autonomia na busca de conhecimento dentro e fora da escola.

No poema abaixo:  O Estudante Empírico,Cecília Meireles se põe no lugar do estudante para escreve-la. Ele descobre  que o seu conhecimento foi adquirido na escola no mundo e através da humanidade.


Com as minhas lições bem aprendidas, com meus exercícios bem feitos, estudante empírico, autodidata aplicado, tenho todos os sofrimentos aceitos pela minha e por outras vidas.
Com o peso da minha humildade, montanha enorme sobre os meus ombros, estudante empírico, autodidata aplicado, vou com meus olhos de vastos assombros pelas ruas novas da nova Cidade.

Meu nome não sabes, nem é necessário, e de família e nascimento, estudante empírico, autodidata aplicado, ficaram os dados perdidos no vento, aéreas letras de registro vário.
Minha aprendizagem é uma calma conquista, para as provas de qualquer instante: estudante empírico, autodidata aplicado, em alma e corpo sou memória de diamante, vida sem pálpebra, disciplinada vista.

Mas decerto o que aprendo é meu somente, meu patrimônio incomunicável, sem herdeiro; estudante empírico, autodidata aplicado, professor meu sou e único aluno verdadeiro, e, a minha, é a escola comum da humana gente.
Apenas meu esforço ultrapassa noite e dia, torna-me em aula constante o tempo do mundo, estudante empírico, autodidata aplicado, desvalido, em mim mesmo, e para além, me aprofundo, para o curso já sem palavras da sabedoria.

Maioridade penal

No Brasil, onde muitos crimes são praticados por menores de dezoito anos, a redução da maioridade penal é um assunto presente na pauta do Congresso desde 1999. Após casos marcantes como o assassinato do menino João Hélio em 2007, que contou coma participação de um adolescente de dezesseis anos, a sociedade têm questionado as penas aplicadas aos jovens. Entretanto, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB defende que a medida não resolve o problema e vai contra o Estatuto da criança e do adolescente, além de ferir acordos internacionais.

A promotora de Justiça da Infância e Juventude de Maringá, Mônica Louize de Azevedo, afirma que o número de adolescentes que comete algum ato infracional é menor em relação de adultos. "Existe um mito de que o adolescente comete crime. Na verdade, ele tem conduta fora do padrão", diz a promotora.

Segundo Mônica Azevedo, a maior parte dos adolescentes em conflito com a lei vem das camadas pobres da população. Muitas vezes estão envolvidos com drogas e não freqüentam a escola. Para ela, a adolescência é um período propício à transgressão. "Essa é a idade das mudanças nos padrões de comportamento e, historicamente, é nessa fase que o ser humano gosta de transgredir as regras", observa.
Desde 1990, quando surgiu o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), os jovens que cometem atos considerados irregulares não podem ser chamados de menores infratores. Segundo Verônica Müller, coordenadora do PCA (Programa Multidisciplinar de Estudo, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente) da UEM (Universidade Estadual de Maringá), essa terminologia era própria do Código de Menores que vigorou até a década de 1980. "Não consideramos esses meninos como infratores, eles são apenas crianças e adolescentes que cometem algum ato irregular", diz Verônica.

A coordenadora acrescenta que a redução da maioridade penal não seria a solução para os problemas enfrentados por adolescentes que estão em conflito com a lei. "As pessoas, influenciadas pela mídia, entendem que se o adolescente comete um crime ele deve ser preso. Isto está errado", comenta.

Para a assistente social do Hospital Psiquiátrico de Maringá Paula Fernandes Zampieri, a desestrutura familiar e a condição econômica são dois fatores que contribuem para que o adolescente pratique atos infracionais. "Quando a família não tem pulso firme para deixar o menino na escola, ele fica à mercê da rua e tem mais facilidade para se envolver com drogas. Além disso, quando os pais não têm dinheiro para comprar um tênis ou uma camiseta que ele deseja, o jeito mais fácil para conseguir é roubar. Então, ele acaba entrando no mundo do crime para sustentar o "luxo" e o vício", diz Paula


Então turma, que tal um exposição de opiniões saudável sobre o assunto?
Que acham? A redução é a solução? Vamos análisar criticamente o caso?
Deixo aqui esse convite

Viva a Primavera!




"A primavera chegará, mesmo que ninguém mais saiba seu nome,
nem acredite no calendário, nem possua jardim para recebê-la."
Cecilia Meireles

Desejo a todos muitas flores e cores ...

Muita Paz

Paula

O desejar é o terreno onde se nutre a aprendizagem.

Querida turma!

A nossa aula foi muito produtiva para as minhas aprendizagens! E para a de vocês? Como foi? Caso se sintam à vontade, publiquem aqui as suas impressões sobre a primeira disciplina. O que aprendemos?
Um abraço com saudades!

Professora Andréa Bispo

Avaliação Individual

Enviei para o e-mail da turma o roteiro da avaliação individual.
Abraços e vamos nos falando!

Professora Andréa Bispo