sábado, 25 de dezembro de 2010

Feliz Natal e um Prospero Ano novo!

Olá colegas!
Venho desejar a vocês um natal repleto de amor e de paz para todas, e que 2011 seja um ano de grandes realizações e felicidades!

Que Deus abençõe a todos!
bjos!!!
Daiane

domingo, 19 de dezembro de 2010


O SONHO DA VIRGEM MARIA


José, ontem à noite tive um sonho muito estranho, como um pesadelo. A verdade é que não o entendo. Tratava-se de uma festa de aniversário de nosso Filho.

A família esteve se preparando por semanas decorando sua casa. Apressavam-se de loja em loja comprando todos os tipos de presentes. Parece que toda a cidade estava no mesmo porque todas as lojas estavam abarrotadas. Mas achei algo muito estranho: nenhum dos presentes era para nosso Filho.

Envolveram os presentes em papéis muito lindos e colocaram fitas e laços muito belos. Então os puseram sob uma árvore. Se, uma árvore, José, aí mesmo dentro de sua casa. Também decoraram a árvore; os ramos estavam cheios de bolas coloridas e ornamentos brilhantes. Havia uma figura no topo da árvore. Parecia um anjinho. Estava lindo.

Por fim, o dia do aniversário de nosso Filho chegou. Todos riam e pareciam estar muito felizes com os presentes que davam e recebiam. Mas veja José, não deram nada a nosso Filho. Eu acredito que nem sequer o conheciam. Em nenhum momento mencionaram seu nome. Não lhe parece estranho, José, que as pessoas tenham tanto trabalho para celebrar o aniversário de alguém que nem sequer conhecem? Parecia-me que Jesus se sentiria como um intruso se tivesse assistido a sua própria festa de aniversário.

Tudo estava precioso, José, e todo mundo estava tão feliz, mas tudo ficou nas aparências, no gosto dos presentes. Dava-me vontade de chorar, pois essa família não conhecia Jesus. Que tristeza tão grande para Jesus - não ser convidado a Sua própria festa!

Estou tão contente de que tudo era um sonho, José. Que terrível se esse sonho fosse realidade!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

REFLEXÃO PARA UM FINAL DE ANO

Olá colegas, recebi e estou enviando ao grupo este vídeo para que a partir dele possamos refletir sobre as  aprendizagens  realizadas em nossa caminhada em 2010. Sejam elas a partir de boas experiências ou de momentos de grandes dificuldades (quedas), com certeza todas nos acrescentaram. Um abraço grande para todos.

Saudades, Ósia Matos

http://www.youtube.com/watch?v=gf3R_6KDf00

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE

TEMA: ELABORAÇÃO DE QUATRO PROVAS PIAGETIANAS


EQUIPE: DANIELE ANDRADE; GABRIEL BOMFIM; GILVANIA PEREIRA; MARIA JOSE e TAIS FROES


PROVA: CONSERVAÇÃO DE COMPRIMENTO 

Material: dois fios flexíveis (barbantes, lã, correntinhas) de (10cm A e 15cm B)

Desenvolvimento; A criança é levada a contatar e a afirmar desigualdade dos fios sendo nomeado A e B
Podemos dizer que é igual a duas estradas, assim nesta estrada (A) agente tem que andar a mesma coisa que esta (B) ou tem que andar mais aqui (A)

1 – Transformação
O examinador deforma o fio A ate que as extremidades coincidam com o fio B.
Pergunta se há duas formiguinhas, uma em cada estrada, será que as duas vão andar a mesma coisa, o mesmo comprimento da estrada será o mesmo?

2 – Transformação
O examinador fará curvas no fio A, de modo que fique uma diferença entre uma das extremidades dos dois fios.
Cabe também fazer contra argumentação.

Procedimentos avaliativos
1 condutas não-conservativas (até aprox. 6 – 7 anos) nível 1
Em cada uma das transformações, o comprimento não é conservador. Na primeira os comprimentos são julgados iguais, e na segunda, o fio com curvas (B) é julgado menor

2 condutas intermediarias – nível 2
O julgamento da criança é correto na primeira transformação e incorreto na segunda. Posteriormente, a criança pode fazer o julgamento correto na segunda, mas as resposta são instáveis sendo modificada com a contra argumentação: não faz justificativa adequadas as respostas conservativas.

3 condutas conservativas(aproximadamente 7 anos) nível 3
A criança já é capaz de dar um ou vários argumentos (identidade, reversibilidade e compensação) mantendo o seu argumento a pesar da contra argumentação.

PROVA; CONSERVAÇÃO DE PEQUENOS CONJUNTOS

Material: vinte fichas do mesmo formato e tamanho sendo dez de cada cor (papelão ou plástico)
1- Situação – pedir que a criança escolha uma coleção de ficha.
Alinhar seis fichas.
Pede que a criança faça uma coleção equivalente numericamente
Registra o que foi feito.

2- Situação – o examinador espaça ou aproxima as fichas de sua coleção
Tem a mesma coisa... o mesmo numero, de minhas e sua... ou não? Onde tem mais?
Contra argumentação;
O examinador provocará uma reação da criança afirmando o contrario de sua resposta inicial
Para resposta conservativa; diz veja esta linha esta mais comprida terá mais ficha?
Para resposta não conservativa; você lembra que as duas fileiras tinham as mesmas quantidades. O que acha agora?

3- Situação - depois reúne todas as fichas, o examinador coloca seis fichas azuis em circulo,
Obs. Fazer o mesmo tipo de pergunta.
Procedimentos avaliativos
1 condutas não-conservativas - (até aprox. 4 – 5 anos)
Nas duas situações a crianças poderá fazer uma contagem, correspondência.
Poderá ou não resolver corretamente a questão da quantidade.

2 condutas intermediarias – nível 3
As coleções (1 e 2 situações) são constituídas por correspondências termo a termo de forma correta. As perguntas do examinador dão às seguintes condutas;
a) Resposta conservativa para uma situação e não para outra.
b) vacilações no julgamento durante cada situação

3 condutas conservativas - ( aproximadamente 5 anos ) nível 3
Quando a criança apresenta condutas, ela devera justificar com um ou vários argumentos;
De identidade: Tem a mesma coisa, você não tirou nem botou nada, só apertou, só afastou
De reversibilidade: Se colocar as vermelhas do jeito da azul fica igual
De compensação: Fez mais comprido mais as fichas estão mais longe uma das outras

PROVA: CONSERVAÇÃO DE VOLUME

Material: Dois vidrinhos iguais com água até o mesmo nível (2/4)
Duas bolas de massa plástica de cores diferentes
Desenvolvimento: o examinador leva o sujeito a constatar a igualdade no nível da água nos dois vidrinhos. Pede que a criança faça duas bolas que tenham a mesma quantidade de massa.
Em seguida o examinador pergunta; Se eu puser esta bola dentro do vidrinho, o que acontecerá com a água que esta ai dentro? Após a resposta; porque você acha isso? Insistir até obter uma resposta sobre o nível da água.

1 – Transformação
Transforma-se a segunda bola em uma salsicha e esboça gesto de introduzi-la no segundo vidrinho.
Contra argumentação – o examinador provocará uma reação da criança afirmando sempre o contrario de sua resposta inicial.
Retorno empírico – antes de colocar a bola no vidrinho, perguntar a criança será que a águia vai subir ou descer?

2 – Transformação
Transforma-se a mesma bola em uma bolacha, minipanqueca, e age do e mesmo modo como anterior.

3 – Transformação
Fragmenta-se a bolacha ou minipanqueca em oito ou dez pedacinhos e esboça gesto de colocar todos no segundo vidrinho.
Procedimentos avaliativos

1 condutas não-conservativas (até aprox. 8 – 9 anos) nível 1
Em cada uma das transformações, o sujeito julga que cada modificação da forma faz subir mais ou menos que a água do vidrinho em que ficaria a bola.

2 condutas intermediarias – nível 2
Os julgamentos das crianças oscilam entre conservação e não-conservação: ora água sobe igualmente, ora mais ou menos. As justificativas são pouco explicitas.

3 condutas conservativas(até aproximadamente 11 – 12 anos) nível 3
Em todas as transformações, o volume é julgado igual, ao afirmar o sujeito que água subirá para o mesmo nível, independente da forma que passe a ter a segunda bola. Os juízo de conservação se mantém apesar da contra argumentação, as quantidades são julgadas iguais. A criança já é capaz de dar um ou vários argumentos, de identidade (é a mesma coisa), compensação(aqui a bolacha e maior).

PROVA; CONSERVAÇÃO DE QUANTIDADE DE MATERIA 

Material: Duas bolas de massa plástica de cores diferentes (diâmetro aproximado 4 cm)

Desenvolvimento: o examinador pede que a criança faça duas bolas que tenham a mesma quantidade de massa (pode ser feito também com bolinhos para comer só que deve tem a mesma quantidade)

1 – Transformação
Transforma-se uma das bolas (a do examinador) em uma salsicha.
Pergunta; será que agora tem a mesma quantidade de massa na bola e na salsicha ou tem mais na bola ou na salsicha?
Pergunta não conservativa; você se lembra, antes as duas bolas tinham a mesma quantidade.
O que você acha agora?

Contra argumentação – o examinador provocará uma reação da criança afirmando sempre o contrario de sua resposta inicial.
Resposta conservativa diz; veja a salsicha é mais comprida que a bola, terá mais massa?;
Resposta não-conservativa diz; você se lembra antes as bolas tinham a mesma quantidade.
O que você acha agora?
Retorno empírico – antes de refazer a bola inicial, perguntar a criança será que vai ter a mesma quantidade. Ou não?

2 – Transformação
Transforma-se a mesma bola (a do examinador) em uma bolacha.
Pergunta; será que agora tem a mesma quantidade de massa na bola e na bolacha, ou tem mais na bola ou na bolacha?
Pergunta não conservativa; você se lembra antes as duas bolas tinham a mesma quantidade.
O que você acha agora?
Contra argumentação – o examinador provocará uma reação da criança afirmando sempre o contrario de sua resposta inicial.
Resposta conservativa diz; veja a bolacha é mais larga que a bola, terá mais massa?;
Resposta não-conservativa diz; você se lembra antes as bolas tinham a mesma quantidade.
O que você acha agora?
Retorno empírico – antes de refazer a bola inicial, perguntar a criança será que vai ter a mesma quantidade, ou não?

3 – Transformação
Fragmenta-se a bola inicial em dez pedacinhos procede-se como nas outras transformações.
Observação; as diferentes transformações podem ser feitas pelo examinador ou pela criança.
Procedimentos avaliativos

1 condutas não-conservativas (até aprox. 5 – 6 anos) nível 1
Em cada uma das transformações, uma das quantidades é julgada maior:
Tem mais na bolacha porque é mais chata, ou mais na bola porque é mais alta.

2 condutas intermediarias – nível 2
Os julgamentos das crianças oscilam entre conservação e não-conservação aparecendo de diferentes maneiras;
Por uma mesma transformação, a criança julga alternadamente as quantidade como iguais ou diferentes
Por diversas transformações, os julgamentos se alternam ora de conservação e ora de não-conservação.
A contra argumentação do examinador provoca vacilação e alternância de julgamento.

3 condutas conservativas(desde aproximadamente 7 anos) nível 3
Em todas as transformações, as quantidades são julgadas iguais. A criança já é capaz de dar um ou vários argumentos de identidade ( é a mesma coisa), compensação( aqui a bolacha e maior).

Problemas de Aprendizagem ou Estilos Cognitivos?Um ponto de vista da Psicanálise.

As pesquisas apontam: 90% das crianças que se dirigem aos ambulatórios de Saúde Mental apresentam queixa de problemas na escola.

Caso se admita como o Alienista, de Machado de Assis, a hipótese de que o erro está no diagnóstico e não nos pacientes,teremos que fazer uma abordagem aos problemas sociais.

Segundo M. Helena Patto o ponto de partida dos problemas de aprendizagem ou fracasso escolar, está nas relações que se estabelecem no interior do cotidiano escolar.As crianças se tornam fracassadas escolares a partir do modo como a escola aborda,ataca, nega, e desqualifica o degrau, a diferença, o social,o desencontro de linguagens entre crianças de extração pobre,de um lado, e a escola comprometida com outras extrações sociais, de outro.

Na apresentação do trabalho em sala, mostrou-se uma situação em que um professor detentor do conhecimento, inflexível, não consegue perceber uma aluna que por não dar a resposta esperada por ele, que inclusive extrapolava sua visão, foi ridicularizada e reprimida. Quantos estudantes e professores não repetem esse modelo, acreditamos que muitos, infelizmente.

Enquanto a reforma ampla, geral e irrestrita não acontece no Sistema Educacional, precisamos de uma teoria que supere a dicotomia indivíduo-sociedade.

A Psicopedagogia estará em condições de superar essa dicotomia?

  • A Psicopedagogia da Integração surgiu da necessidade de trabalhar a relação cognitiva e emocional do sujeito. Para a Psicanálise não há como integrar o cognitivo e o emocional, porém percebemos que levar em conta os sentimentos dos alunos pode parecer uma solução para os problemas de aprendizagem. Acontece que, para um psicanalista, inteligência e emoção estão do mesmo lado, ou seja, do lado do Ego.

  •  A Psicopedagogia do Sujeito é aquela que tem ido buscar na Psicanálise a relação do sujeito com o conhecimento. Nessa perspectiva, o Psicopedagogo distingue ego de sujeito, sabe que seu trabalho incide predominantemente sobre esse ego, esse eu, mas espera poder atingir o sujeito. Para a Psicanálise, o sujeito do inconsciente se constitui na linguagem e pela linguagem. Se uma criança se desenvolve o sujeito se constitui. Estamos falando da construção de uma estruturação psíquica. Essa estruturação se faz na dependência daquilo que o Outro venha simbolizar para o recém- nascido. Esse processo de simbolização depende do desejo do Outro. O sujeito vive marcado por uma busca que deixa marcas, que refletirão na direção do que ele vier realizar na vida. Percebemos então que cada sujeito tem uma história de vida particular, efeito do seu encontro com a linguagem, que nos faz repensar na necessidade de acolher e acompanhar essa criança com seu estilo de aprender ou de não aprender.

A Psicanálise traz de uma maneira muito valiosa a visão a cerca dos estilos que pode ser o modo próprio de escrever, falar e se posicionar, uma marca do sujeito em sua maneira de enfrentar a impossibilidade de ser.

Segundo Lacan “O estilo é mais que original ou próprio; é diferente. afirma outra coisa. O que tem de insubstituível é a marca do sujeito como o sujeito do desejo”

A Psicopedagogia na Interseção com a Cultura.

Ouvimos o discurso social sobre a Educação que aborda o fracasso e a falência existente em contrapartida a supervalorização da escola como um meio de transformar a vida do sujeito.

O papel do Psicopedagogo nesse contexto é atuar nas situações apresentadas,realizando seu trabalho com os pais na tentativa de entender como se relacionam,pensam e encaram a educação e a vida.Para a criança será preciso ser um facilitador de seus caminhos de seu próprio estilo.Segundo Lacan, nos estilos,uma cultura guardava seus tesouros ... Os estilos são de fato tesouros do sujeito, que muitos deles desconhecem possuir. Nossa responsabilidade e missão será de ajudar cada aluno, a desenterrar o seu próprio tesouro.

domingo, 14 de novembro de 2010

CONVITE


Colegas, 

No dia 16/11/2010 comemoraremos o dia do psicopedagogo e os 30 anos da ABPp no Brasil com um coquetel e uma palestra sobre “Jogos digitais e aprendizagem – delineando possibilidades” proferida pela Drª. Lynn Alves, na faculdade Universo às 19:00h.

Taxa de inscrição
Associados e Estudantes R$15,00
Profissionais    R$30,00

Garanta sua inscrição efetuando sua reserva!!! Tel: 3341-0121 (Viviane)
Abraço, 

Ósia Matos

terça-feira, 9 de novembro de 2010

AUDIOTECA SAL E LUZ


Caros colegas, Estou divulganso o trabalho maravilhoso que é realizado na Audioteca Sal e Luz e corre o risco de acabar. A Audioteca Sal e Luz é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que produz e empresta livros falados (audiolivros). 
 São livros que alcançam cegos e deficentes visuais, inclusive os com dificuldade de visão pela idade avançada, de forma totalmente gratuita. Seu acervo conta com mais de 2.700 títulos que vão desde literatura em geral, passando por textos religiosos até textos e provas corrigidas voltadas para concursos públicos em geral. São emprestados sob a forma de fita k7, CD ou MP3.
DIVULGUEM! Para ter aceso ao acervo, basta se associar na Sede, que fica situada à Rua Primeiro de Março, 125 - Centro. RJ. Não precisa ser morador do Rio de Janeiro. A outra opção, foi uma alternativa que se criou face a dificuldade de locomoção dos deficientes na cidade. Eles podem solicitar o livro pelo telefone, escolhendo o título pelo site, e receberão gratuitamente pelos Correios. 
Apesar da ajuda do governo a Audioteca  percisa de um número significativo de associados, que realmente, contemplem o trabalho, se não ela irá se extinguir e os deficientes não poderão desfrutar da magia da leitura. Só quem tem o prazer na leitura, sabe que é impossível imaginar um mundo sem os livros...


Abraço, Ósia Matos



sábado, 6 de novembro de 2010

Olá colegas, apreciem esse material.Gostei do tema e deixo aqui para breve consulta e reflexão de todos.
Iara Maria
  •   www.clicrbs.com.br/.../19,648,2944898,Ensino-da-matematica-e-fundamental-para-a-vida-das-criancas.html - Em cache
Família  |  21/06/2010 10h14min
Ensino da matemática é fundamental para a vida das crianças
Resistência à disciplina pode ser reflexo de distúrbio neurológico
ANELISE ZANONI  |  anelise.zanoni@zerohora.com.br

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cartilha Bullying

O Conselho Nacional de Justiça lançou em 20 de outubro de 2010  a Cartilha sobre Bullying. Uma cartilha para ajudar pais e educadores (as) a previnir o problema nas suas comunidades e escolas. De autoria da psiquiatra Ana Beatriz Barbosa Silva, que também escreveu o livro: "Bullying  Mentes Perigosas na Escola", a cartilha traz perguntas e respostas que ajudam a identificar e tratar o problema.

Favor repassar. Abraço. Ósia Matos


cartilha_web_CNJ_bullying.pdf

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A transferência no atendimento Psicopedagógico: um caso de amor à primeira vista.

Cybelle Weinberg

Por: Érica, Patrícia Rosa e Tiara Oliveira

A exposição e autoreflexão acerca de um atendimento realizado pela autora é o ponto de partida do interessante debate sobre transferência e contratransferência, este que permite não apenas o entendimento conceitual desses termos comuns as correntes psicanalíticas, mas uma avaliação centrada em práticas e, acima de tudo, no entendimento do papel do psicopedagogo frente aos dilemas que permeiam as dificuldades de aprendizagem na contemporaneidade, questões complexas que perpassam pela escola, família, contexto e condições econômicas e sociais.
Freud conclui que transferência é a repetição, enquanto ação, de um passado esquecido. Nas palavras da autora: “[...] é a transferência que caracteriza a psicanálise, distinguindo-a de todas as outras psicoterapias. É por intermédio da sua instalação, dentro de um setting que não é natural, e da sua interpretação pelo analista, que se desenvolve o processo analítico.” (WEINBERG, 1999, p. 48)
Para complementar esta interpretação, o autor Sidney Rissolini traz as seguintes contribuições:
“... a noção de transferência, em hipótese alguma, pode ser entendida como o conjunto da relação que o paciente estabelece com o psicanalista, nem, tampouco, como o da perturbação neste tipo de relação, o que foi posteriormente entendido por outros autores; mas apenas como um aspecto muito específico dessa relação, na qual, a partir de uma falsa ligação, e de uma maneira um tanto quanto inapropriada, a figura do médico substitui alguém do passado do paciente” (Rissolini)
O que definiria a transferência seria a falsa ligação é a substituição, na vida mental do paciente, de uma figura do seu passado, já adormecida em seu inconsciente pela figura do médico.
Segundo Weinberg (1999) a transferência pode ser positiva, sendo uma importante ferramenta de tratamento ou negativa quando se constitui em resistência ao tratamento. A autora, também, apresenta o conceito de contratransferência, o qual corresponde as reações do analista ao paciente, ou melhor, ao processo de transferência deste.
É inegável que a transferência é uma importante ferramenta na psicopedagogia, embora o psicopedagogo, não disponha de capacidade técnica e instrumental suficiente para tratá-la, não cabendo a ele interpretá-la, mas estar atento as manifestações desta. Através do vínculo afetivo que, por ventura se estabelece em uma sessão, caracterizando o vínculo transferencial é possível o estabelecimento e incentivo a novas descobertas, desenvolvimento da autoconfiança e do prazer de aprender, ao tempo que, busca-se empoderar o aprendente, restabelecendo ou elevando sua autoestima e, por conseqüência sua capacidade de autonomia.

Referências:

WEINBERG, Cybelle. A transferência no atendimento psicopedagógico: um caso de amor à primeira vista. In: RUBINSTEIN, Edith (org.). Psicopedagogia: uma prática, diferentes estilos. São Paulo: Casa do psicólogo, 1999, p.41-51.

BISSOLI, Sidney da Silva Pereira. O Conceito de Transferência nos “Estudos sobre s Histeria” (Breuer & Freud, 1895). Disponível em: < http://sites.ffclrp.usp.br/paideia/artigos/33/04.htm>. Acesso em: 16 de out. de 2010

sábado, 30 de outubro de 2010

PSICANÁLISE E EDUCAÇÃO

A única coisa que interfere com  meu aprendizado é a minha  educação.
                                                                                                                                     Albert Eisnten

Psicanálise


   EU
RESPOSTA  
DESENCONTRO  /   EDUCAÇÃO

No meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
 
 Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
 
  Tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
                                                                            
                                               Carlos Drummond de Andrade








Psicanálise e Educação
Nesse espaço buscamos trabalhar o processo interativo vivenciado por nós profissionais da Educação, que nos deparamos com os entraves diários num espaço social em que a busca torna-se constante por uma ajuda psicanalítica. O que se reporta até mesmo, a um olhar mais apreciativo e assim junto buscarmos entender o que de fato acontece pra se gerar tanto sintoma a esse sujeito cercado por um social cheio de ofertas, saberes diversos, porém incompreensível ao olhar do público aprendente e espaço cultural. Vive-se uma época de supostos saberes, assim dizendo, mundo do faz de conta; brincar de ensinar, fingir aprender, ignorar o processo de forma a acreditar que a culpa está no sujeito, e assim sucessivamente.
 A reflexão sobre A Trama, o Drama e o Dramalhão de Fátima Moura Pereira, vem mostrar a clareza do processo de busca, que se vive para escutar ambos os lados, e por certo nortear esse caminho sinuoso. Escutar a Educação é uma tortura para quem entende de educar, pois é assim os paradigmas da Educação confunde aos processos atuais, novinhos saindo do forno do mundo globalizado e cheio de subterfúgio, em alguns momentos dá medo encarar algumas salas cheias de quadros virtuais que só falta falar por nós, temos que entender das linguagens dos cursos modernos a distância, pois é estamos caminhando para não fazermos mais parte da sala de aula, e sim de uma cabine de comando, e vamos continuar buscando entender e escutar a Educação... A psicanálise abre às portas para um olhar mais apreciativo, porém, coloca a autora que esse casamento é meio instável e se faz necessário esse movimento, os mundos processuais a que pertence, leva a crer que é como se fosse o gato e o rato, em alternância. Há momentos em que encontramos uma psicanálise no seu espaço social imponente, dona da sua verdade de seus saberes, no outro, a educação com suas verdades intransponíveis. Como foi importante esse trabalho para nos clarear o sentido da Psicanálise no espaço educacional, a importância de Freud no mundo dos saberes a partir do olhar ouvinte, do pensar e a escutatoria, do clinicar fora do consultório se reportando ao sujeito em seus mundos sociais...
                Aqui estamos professora, Mestra reconhecida por nós, merecidamente por abrir ás portas desse saber tão significante, daqui pra frente, para nossos saberes vindouro. Aqui vamos nós tentando decifrar esse mistério que é o mundo dos saberes...
Iara Maria Silva
Ester Paulina
Taís Fróes


Sarau Literário - 16 de outubro de 2010































A Psicanálise lê a infância - Daniela Bittencourt

 Reflexão sobre o texto de Daniela Bittencourt
A sociedade atual tem investido mais na educação infantil e na formação dos profissionais que atuam com crianças de 0 a 6 anos (primeira infância).
A atuação dos profissionais de educação infantil envolve cuidados, brincadeiras e aprendizagens intencionais de forma integrada.
Com a contemporaneidade e a globalização está ocorrendo o encurtamento da infância e o prolongamento da adolescência. Desta forma é primordial que a escola valorize o brincar rompendo velhos paradigmas e construindo novos que atendam as necessidades do sujeito contemporâneo.
Ornellas “ cabe a escola a tarefa de escutar as crianças e jovens no sentido de reconhecer a singularidade de cada um, buscando entre autoridade e o afeto um jeito novo de educar.”
A psicanálise chama de “sintoma social” “o artifício que o sujeito constrói para lidar com aquilo que ele não pode resolver, o sintoma que se evidencia é uma tentativa de simbolizar o real que emerge com tal “; a infância hoje tornou um “sintoma social” devido as suas transformações no mundo atual (a infância começou a desaparecer na modernidade ou as crianças se tornaram pequenos adultos).
“Há lugar para a infância? Há lugar para a estruturação do sujeito do desejo?”
A escola tem seu papel importante nesse processo, a relação pedagógica não está unicamente orientada pela transmissão de conteúdos, mas pela qualidade da relação afetiva entre professor e aluno, processo que envolve racionalidade e afetividade, pois são sujeitos cognitivos, afetivos e sociais.
Através da brincadeira que a criança pode descobrir-se capaz de sentir, desejar e pensar, por isso a importância da escuta sensível do professor na arte do brincar.
O brincar proporciona a criança a compreensão de seus afetos em contato consigo mesmo e com os outros, a criação do mundo próprio (Freud), é o momento de dominar as angústias, controlar as idéias e/ou impulsos. Para o professor cabe a responsabilidade de planejar espaços e tempos para este tipo de brincadeira, se permitindo uma escuta sensível.
O brinquedo seria um objeto transicional no qual a criança deposita seus afetos para superar algumas situações, ao brincar a criança assume o controle  da situação e ressignifica sentimentos na tentativa de (re) elaborá-lo  de acordo com suas possibilidades afetivas e cognitivas. Lacan conceituou esta situação de “amódio...afetos tecidos de forma ambivalente e ambígua no prazer e desprazer.”
“ Conquanto seja fácil perceber que as crianças brincam por prazer, é muito mais difícil para as pessoas verem que as crianças brincam para dominar angústias, controlar idéias ou impulsos que conduzem a angustia se não forem dominados.” Winnicott (1982).
Desta forma, a ideia equivocada que perpassa na sociedade e na própria escola, de que a brincadeira é sinônimo de não seriedade deverá ser desconstruída. Pois a idéia de brincar deve ser empreendida e legitimada como viés concreto, meio único e singular de aprendizagem, de desenvolvimento da criatividade e da autonomia, pela qual a criança estrutura-se e inscreve-se.

Sarau Litarário:
Apresentação: Clipe Balão Mágico – Música  Superfantástico -

Brincadeira: Cacique


Equipe: Ana Paula Barros, Carla Pessoa, Daiane Silva

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PSICOPEDAGOGIA - SEÇÃO BAHIA

postado por gabriel
INSCRIÇÕES


1 - Valor da Anuidade para novos associados, poderá ser efetuada em uma das seguintes formas:

a) Parcela única, no ato da inscrição, de R$148,00 mais a taxa de inscrição R$10,00;

ou

b) 2 parcelas sendo a 1ª no valor de R$ 90,00 sendo R$ 10,00 referente à taxa de inscrição. E a 2ª. parcela restante, no valor de R$ 80,00.

2 - Procedimento para associar-se à ABPp Seção Bahia O interessado, seja psicopedagogo com especialização completa ou não, deve enviar via fax (71- 3341-2708) ou e-mail (abppsecao.ba@uol.com.br) o formulário abaixo preenchido, juntamente com o comprovante de depósito bancário em nome da:

Associação Brasileira de Psicopedagogia Seção Bahia
Banco Bradesco SA
Ag. 3121-6
C.Corrente: 9955-4

3 - IMPORTANTE

• Somente o associado rigorosamente em dia com suas contribuições;

Como associado, passa a usufruir dos seguinte:
- Revista da ABPp nacional no site on-line.
- Recebimento de Boletins Informativos.
- Descontos para participação em eventos promovidos pela ABPp – Seção Bahia.
- Descontos na Livraria LDM.


Informações e inscrições na ABPp-BA:
Av. Tancredo Neves 3343, Edf. CEMPRE, sala 1103 – Torre B
Caminho da Árvores - CEP – 41 820 021
Telefone: (71) 3341-0121
E-mail: abppsecao.ba@uol.com.br

QUEM EDUCA MARCA O CORPO DO OUTRO - FATIMA FREIRE DOWBOR

Do ato de se preparar para receber o outro

 

 Reflexão sobre o texto de Fátima Freire Dowbor
Quando nos reportamos ao corpo físico, automaticamente esquecemos que este também contempla uma mente, então deixamos quase sempre de lado a parte afetiva deste corpo que também pensa. Os danos muitas vezes das ações imprimidas neste corpo quando se trata das emoções, são irreversíveis! Neste sentido, o texto Quem educa marca o corpo do outro, deixa bem claro as marcas das impressões vividas e sentidas pelo sujeito.
O corpo da mulher se transformando... É o momento do reconhecimento e desconhecimento do corpo já conhecido. Dentro dele, está um intruso ou alguém que já faz parte da vida deste corpo? Então é o momento em que revivesse a forma como este corpo que é o abrigo do outro, que espera outro corpo, foi marcado. Com alegria, com ódio, com amor, com desejo, com raiva? De que forma este novo corpo será recebido?
É necessário aprender a esperar e a preparar o encontro com o outro! Este corpo que chega pode tomar lugares que já foram estabelecidos... Tomar lugar de outro! Desta forma, se faz necessário que o ponto de partida para preparar a espera deste novo corpo, seja a raiva do outro corpo/mente, que supostamente já possuía o lugar absoluto. É preciso reconhecer todos os sentimentos que entornam este processo.
Quando as experiências vividas por este corpo foram ruins é possível recriá-las a partir de novas vivências significativas e saudáveis, refletindo sempre a respeito sobre a forma, o jeito que o corpo foi introduzido e recebido mundo. De que forma o mundo o marcou.
Este titulo nos traz a questão de quem somos nos em sala de aula, a invasão que fazemos na mente de quem nos ouvi ( nossos alunos ), como poderemos preparar nossos alunos para receber a nossa presença, que muitas vezes indesejada, trazendo coisas sem sentido para eles naquele momento, fazendo eles mudarem suas opiniões sobre determinado assunto, invadindo a sua maneira de ver o mundo, estamos neste momento deixando marcas nestes corpos, muitas vezes de alegria, afeto, respeito, dedicação, compreensão e muitas vezes também de ódio, medo terror, insatisfação, raiva, nojo e etc.  

 
Equipe:
  •  Ø     Adilene Baqueiro Miranda Rodrigues
  •  Ø     José Gabriel Bonfim
  •  Ø     Maeli.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

MATERIAL POSTADO

Olá colegas,  o material postado está muito bom! Parabéns! já encaminhei as notas e comentários para o e-mail da turma.
Os colegas que ainda não postaram  devem lembrar que o nosso O PRAZO SE ESGOTA MEIA-NOITE. Abraço. Ósia

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O QUE A ESCOLA ESTÁ DIZENDO PELA VIA DO FRACASSO ESCOLAR?

Por Cláudia de Sá Oliveira, Gilvania Sousa e Maria Madalena L. da Silva

 O que a escola está dizendo pela via do fracasso escolar? é um artigo escrito pela psicanalista e psicopedagoga Leila da França Soares e aborda a possibilidade de uma articulação entre Educação e Psicanálise. Enfatiza o papel que a escola exerce no processo de construção do conhecimento, porém alerta para a necessidade desta repensar suas práticas, pois há um elemento que interfere nesse processo, o sintoma de que algo esta fora do eixo, originando o fracasso escolar. Enfim, sugere a escuta pedagógica para o desenvolvimento êxitoso dos indivíduos envolvidos na ação educativa. É importante ver o outro como ser subjetivo e não como mero depósito de informações.

O QUE A ESCOLA ESTÁ DIZENDO PELA VIA DO FRACASSO ESCOLAR

Postado por: Rosana Carvalho Rios


O texto de Leila da Franca Soares nos faz refletir muito sobre a importância e o papel da escola diante de um quadro de fracasso escolar.
Na maioria das vezes, por inflexibilidade ou por descaso diante dos sintomas, os alunos que não conseguem alcançar os objetivos esperados pela instituição e pelo professor acaba sendo rotulado e muitas vezes assumem consciente ou inconscientemente o papel daquele que não consegue aprender e que é incapaz de se adequar as expectativas, diferenciando-se dos demais.
Não produzir respostas similares aos demais, possuir um rendimento mais baixo do que o esperado, não atingir algumas habilidades na maioria das vezes reflete no comportamento e na auto-estima dos alunos, que assumem um papel que não deveria, o de fracassado.
O que professores, pais, instituições escolares e a sociedade quer que aquele ser aprendente, subjetivo, torne-se iguais aos demais e possa adequar-se a uma instituição que o castra, frustra e não o ver como ser único que é além e muito maior do que essa inflexibilidade quadrada dos currículos escolares e da mente quadrada de muitos envolvidos em seu processo de aprender.
O fracasso nada mais é do que um sintoma de um sistema, desesperado,  despreparado e descompromissado com o aprender, com o trabalhar com seres diferentes, com vidas diferentes, histórias, saberes, experiências e desejos diferentes.
Nesse meio de dores e delícias que deveria ser a escola, muitas vezes o aluno só conhece as dores, e acaba por não poder esbaldar-se em aprender com o outro, com as trocas de experiências, com o novo e o diferente, e porque não com o igual.
O sujeito do desejo, eternamente em falta como nos diz a psicanálise precisa sim, atingir metas, notas e números que não dizem quem de fato aquele sujeito é, poderá ser e será.
O que não devemos deixar de lembrar é que esse ser aprendente, os professores e todos que fazem parte da instituição escolar, assim como os que vão além dela, como a família, dentre outros, são seres únicos, que precisam ser vistos além do que podemos de fato ver, precisamos aprender a ir além do outro, ir além desse iceberg de gente que cada um é, todos temos apenas uma pequena parte a amostra, cercados por um mar de vontades, desejos e abaixo disso tudo somos muito mais do que se pode ver.











"E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço."
(Clarice Lispector)






"Faça com que eu tenha a coragem de me enfrentar.
Faça com que eu saiba ficar com o nada e mesmo assim me sentir como se estivesse plena de tudo.
Receba em teus braços o meu pecado de pensar.”
(Clarice Lispector)






"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência, e sim de sentir..."
(Clarice Lispector)





terça-feira, 26 de outubro de 2010

A sociedade dos mestres inesquecíveis: Freud e a transferência na relação professor-aluno

Por: Daniela Ranedes; Daniele Andrade; Délia Muricy e Marta Pereira

A sociedade dos mestres inesquecíveis: Freud e a transferência na relação professor-aluno é um artigo que foi muito bem escrito por Ósia Vasconcelos dos S. Matos, nossa querida professora, que é graduada em Pedagogia e pós-graduada em Psicopedagogia.



Ósia Matos escreve seu texto inspirada no filme: Sociedade dos poetas mortos que narra a história de um professor indo de encontro a uma sociedade ortodoxa, uma vez que mostrou para seus educandos de forma divertida e lógica uma nova ótica inserida por ele baseada numa nova relação entre professor-aluno. 


Matos escreve seu artigo tomando como base esse filme para mostrar a relação de transferência que ocorre entre o aluno e o professor, deixando bem claro que para o educador desempenhar bem seu papel, tem que buscar a harmonia em sua sala, ou seja, envolvendo o educando com os conteúdos apresentados. Segundo Freud, educar significa encontrar um ponto de equilíbrio entre a proibição e a permissão [...], ele nos mostra que um mestre só pode ser ouvido quando está investido de uma importância especial, o que é descrito por ele como a demanda de amor que a criança dirige aos seus país ou educadores. 


Educar é doação, paixão, amor! Uma troca de conhecimentos estabelecida entre professor-aluno, este passa a ter nas mãos o papel de ser uma referência para seus educandos, permitindo que os mesmos desenvolvam seu senso crítico.  


Poesia: SER MESTRE

Ser mestre é despertar no outro
O desejo quente e gostoso de ser gente
Ser gente em meio a esse mundo tão descrente...
Descrente de amor, descrente de atenção
Descrente de gente que lhe promova ascensão. 

Ser mestre é conduzir, é seduzir,
não inibir, proibir ou reprimir.
Ser mestre é ser cumplicidade é amizade,
é ser prudente mas nunca indiferente...
é agir com a razão, mas também com o coração. 

Ser mestre é saber despertar paixão e deixar apaixonar-se...
É se deixar tocar e deixar boas marcas... 
Paixão de ensinar, paixão de aprender,
paixão de edificar, paixão de acolher.
É ser envolvente e se fazer presente na gente
É ser luz eternamente...
Mesmo sem mais estar presente...
  Délia Muricy